RECITA-ME – As flores têm alma por Paulo Henrique

RECITA-ME – As flores têm alma por Paulo Henrique

Quando eu morrer

Não quero tristezas

Não quero muito choro

Quero a alegria de um sorriso

Quero que me mantenhas vivo.

 

Quero um punhado de rosas e flores,

Quero a terra de onde eu nasci

Cobrindo meu corpo,

Abençoando a minha alma

Quero sentir a calmaria de onde eu vim.

 

Não quero tristezas

Eu amo a vida

E na verdade eu nem sei o que vem

Depois daqui,

Quando vier o descanso

 

Quando eu morrer

Eu quero a poesia viva

Pois a poesia que habita em mim

Nunca morrerá.

Então, eu nunca morrerei

Eu serei poesia.

Um verso solto,

Que avoa por aí

Na barra do dia.

 

Não quero o preto no tecido

Vestindo a minha preta cor

Nem a tua,

Então, eu quero a paz.

 

Quero a bênção de minha mãe

E morar no rio da saudade

Assim como a saudade sempre

Ecoou em mim.

 

Eu quero a simplicidade da vida

Poetizando a minha morte

Os pássaros rimando-me os versos.

 

A minha carne?

Eu nem sei

Eu quero a poesia desgarrada da pele

 

Quero o abraço quente do meu filho

Com a certeza de que aprendemos a perdoar todos os dias.

 

Quero sentir a canção dos bons momentos

Eu quero as lembranças soltas,

Sem arapucas, sem armações

Eu quero a poesia viva.

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Por PAULO HENRIQUE

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