Encontro o tino, quando teu ar inspiro.
Dedilho a tua pele assaz canora,
No canto cálido que em nós aflora;
Cruzando olhares fidos como um tiro.
Na dança, a dois, vibrante ser que admiro,
Um no’utro sol que aquece e revigora.
De tanto amar esqueço o mundo fora
– Fulgor que para do ponteiro o giro –
Arpejos melodiosos no silêncio
Em ecos que conduzem nossa dança;
Marcando nossa vida tal estêncil.
Compomos nossa mais divina valsa,
Compasso em completude e confiança,
A música que o corpo, em nós, realça.
Por Eufrasio Filho