RECITA-ME – Mil Vidas por Edna Lessa
O que são mil anos para um eterno amor? Quantas vidas precisarei viver? Diga-me! Eu as viverei Afável e abnegadamente Regressarei a qualquer tempo Da
O que são mil anos para um eterno amor? Quantas vidas precisarei viver? Diga-me! Eu as viverei Afável e abnegadamente Regressarei a qualquer tempo Da
Mudei Mudo Como mudas de plantas Que crescem mudas Dentro de mim Por ANANDA SCARAVELLI
Na chama Eis a consciência A sabedoria que inflama Vinda da experiência De toda trajetória Dores e alegrias acumuladas Que contam a história De vidas
Eu nunca tive uma bicicleta, Nem meus irmãos. Eu nunca tive uma pipa, rabiola, papagaio… Nem meus irmãos. Eu nunca tive um videogame top quando
Vendo a chuva cair, mansa e tranquila Recordo – me do tempo de infância… ‘Quando a vida sorri em abundância, E a pureza do sonho,
Eu sempre fui um quebra-cabeça desde criança. Conforme fui crescendo eu fui tentando montá-lo. Errava aqui, errava alí… desmontava todas as peças, espalhava, jogava no
Caminho pelos campos… e a saudade Invade-me (revivo a nossa história)! Relembro, passo a passo, a trajetória, As juras para toda a eternidade, Do nosso
Rasgou-se o verbo, sem meias palavras E as cartas foram colocadas às claras O que temia, revelado sem piedade Acabou o amor, então, já vai
A pele alva cheira a leite de rosas Em pelo, o que atrai para o toque Fala ao pé do ouvido o amor em prosa
Viver é constante pulsar de sentimentalidades, de curiosidades incompreendidas, da loucura lúcida abafada por silêncios convenientes, mas que torturam o ranger cardíaco e se diluem